“Solaris”, de 1972, é uma das três adaptações cinematográficas do romance de Stanislaw Lem, com o mesmo título, realizado por Andrei Tarkovsky.
Após a ocorrência de vários acontecimentos bizarros na estação espacial que orbita o planeta Solaris, o psicólogo Kris Kelvin (Donatas Banionis) viaja até essa estação para decidir se as pesquisas dos solarísticos (cientistas que estudam o planeta Solaris) devem continuar.
Já na estação espacial, Kris Kelvin verifica que os tripulantes apresentam um comportamento estranho que se deve ao facto do planeta possuir o poder de transpor a mente dos humanos, tornando os seus pensamentos, experiências passadas e fantasias reais. Kelvin, não sendo uma exceção à regra, é presenteado com a visita da sua falecida mulher, Khari (Natalya Bondarchuk). Mas será esta a mesma mulher com quem Kris Kelvin se tinha casado? Ou será apenas uma representação física da forma como Kris via Khari?
Este é um dos temas que Tarkovsky explora: quando gostamos de alguém de que é que gostamos realmente? Dessa pessoa em si, ou do que idealizamos dela? Estas são apenas duas das muitas questões (sem resposta) que invadem a mente dos espectadores durante a visualização deste filme.
“Solaris” é propositadamente moroso e longo, o que permite que as pessoas compreendam a complexidade das mensagens que o realizador pretende transmitir. Apesar de se enquadrar no género de Sci-Fi, este é também um filme intelectualmente estimulante e emocionalmente arrebatador.
A combinação da imagem, som e da diversidade de temas abordados nesta adaptação do romance de Stanislaw Lem ao cinema, faz com que “Solaris” seja um dos melhores trabalhos de Tarkovsky, capaz de agradar todo o tipo de amantes de cinema.
“Well, anyway, my mission is finished.”